4 de outubro de 2010

Bote fé e diga Dilma

Nem vai ser aquela argumentação enfadonha. Nem desabafos típicos da época. Respeitadas as opções e opiniões, venho, por meio deste, reafirmar meu apoio à presidente Dilma. É verdade que ela não veio de um pau-de-arara. Nem tem um discurso altamente eloquente e apaixonado. Que não faz as gracinhas já conhecidas e admiradas pelo mundo. É verdade que Dilma não é Lula. E já estamos sofrendo a dor da separação. Um sentimento de perda antecipado. Um morrer de véspera. O herói nacional se despede. E não digerimos muito bem qualquer substituto que se atreva à tarefa. Mas o fato é que ela existe. E, embora não tenha aquelas barrocas e a barba branca, é uma guerreira, tem pulso para comandar o Brasil e está disposta não a repetir o Governo Lula, mas a levar adiante esse projeto "nunca antes visto na história deste país". Dilma não é o anticristo, como covardemente vem sendo pintada por ignorantes hipócritas ditos cristãos. Nem é a candidata fraca do PT, partido do qual muita gente tem vergonha de admitir pelas acusações mentirosas feitas pela imprensa maldita. Deixar de votar em Dilma, cujo plano de governo é a continuidade do vitorioso modelo Lula (precisa dizer por quê?) por achar que está fazendo bem à democracia pela criação de uma terceira via ou coisa do tipo é dar a chance de o passado sofrido, corrupto, privatizável e elitista governar novamente. Retrocesso. O mundo se abriu para o Brasil, a educação teve avanços admiráveis, o enfrentamento ao FMI e o fortalecimento econômico são incontestáveis. Cadê Regina Duarte? Digo-lhe que hoje eu tenho medo. Do passado. De Serra. E de quem reproduz a Alegoria da Caverna...quem viu a luz será derrotado pelos que insistem no escuro? Espero que não. Que venha Dilma, aquela que será a mulher mais poderosa do mundo, segundo o The Independent, ou a mãe do Brasil, como sugeriu nosso querido Lula. É só você querer/ que amanhã assim será / Bote fé e diga Dilma!