27 de março de 2008

Crise de meia-idade















Senhorita Kolene says:
estou explorando a infância...o menino pelo qual me interessei tem 20 e poucos anos. e quem mais vai investir sou eu. Toooda inocente.

Pegue na minha e balance says:
manda o endereço dele. toda inocenteeeeee.

Senhorita Kolene says:
uma criança hardcore.

Pegue na minha e balance says:
tô passada

Senhorita Kolene says:
Pq? ele é tudo; tem nem graça nas fotos

Pegue na minha e balance says:
nessa foto ele tinha 14 anos

Senhorita Kolene says:
hahahaahahahahaahahahahahaa. Pronto, vou dar o bote.

Pegue na minha e balance says:
ele tem 17 anbos caralho

Senhorita Kolene says:
não, não, é de maior
garanto
vê o nível das menininhas com quem ele fala. Precisa conhecer uma mulher de verdade

Pegue na minha e balance says:
ai

Pegue na minha e balance says:
ele não existe. o de 15 anos

Senhorita Kolene says:
existe, po. eu conheci.

Pegue na minha e balance says:
vamos esperar fotos novas

Pegue na minha e balance says:
o de 15 anos????? kkkkk. Ele existe lindo e loiro. E liso, pq vi no ônibus.

Pegue na minha e balance says:
ele tá de onibus pq não tem idade pra dirigirrrrrrrrrrr

Pegue na minha e balance says:
hahahahahahaahahahahaaha. Será, heim? Meu deus, onde fomos chegar?

***

23 de março de 2008

Trashgirl



Sério, agora até eu fiquei meio desconfiada de que sou fria. Um punhado de gente já me acusou de tal rótulo, apesar de me vir chorar ao encontrar um cão maltratado na rua ou ouvir uma história de amor melosa e risível. Taí a palavra "risível"; chegamos ao problema rapidinho desta vez. Eu simplesmente gargalho, excreto lágrimas aos litros, me urino (tá, eu sempre consigo me segurar até o banheiro) e chego a ficar com os músculos abdominais (ao menos inda posso identificá-los) doloridos com coisas normalmente não risíveis. Exemplo? Acabo de assistir ao filmezinho cocô-de-louro O Albergue, que não vi antes por estar grávida na época e que me foi altamente recomendável, uma vez que sou fã do gênero horror e afins. Sim, eles me são preferidos por me provocarem as risadas mais sinceras, espontâneas e, por vezes, inesperadas. Foi o caso. Um roteirinho merda, que Tarantino deve ter sido co-produtor apenas por ter jogado fora o roteiro, e o povo quis dar crédito. Todo o sangue, os membros cortados e as caras estúpidas me fazem rir, e muito. Não mais do que as películas orientais do mesmo gênero, que não deixo escapar na locadora (sim, ainda freqüento esse lugar e acho que superfaz parte do ritual). Coisas ridículas que se levam a sério são como córsegas pra mim, e dicunforça. Não costumo me divertir com comédias (exceção: Monty Python e tais)...deve ser por isso que apelo ao trash. Sim, cine trash, trash-music, trash-style em geral. Adoro. Autenticidade, mesmo quando se copia sebosamente artistas e modinhas cults; não há melhor entretenimento. Diversão garantida é ver almas penadas macabramente mal-feitas, escutar notas desafinadas e letras terríveis, curtir e adquirir um acessório bregoso pra coleção e visitar ambientes altamente nada-a-ver, porque in loco é mais gostoso. Seria frieza achar graça no grotesco, gostar do tosco e ver o belo no tétrico? Ah, acho que o belo é óbvio, o gosto é previsível e a graça é pré-fabricada. E quem nunca riu da desgraça atire a primeira pedra e peça pra sair (zerodois)!

18 de março de 2008

Tudo somente sexo e amizade



Os repolhinhos

Repolhos recíprocos

Casos e coisas, fatos e feitos, luxo e luxúria, pá e pei, o negócio é: poucos além de Maria Betânia sabem seguir a lei do "Então tá combinado, é quase nada; é tudo somente sexo e amizade". Repolhinhos e regadores (leitura obrigatória dos links acima!), sádicos e masoquistas, corda e caçamba, eira e beira...observa-se uma grande discrepância de interesses entre as partes, leia-se os "amigos" com intenções safadinhas por trás (de ladinho e de frente também) das aparências. Infelizmente é necessário dizer que os maiores culpados são os homens (pra variar um pouco); não por sacanagem, mas por falta de traquejo, conhecimento e maturidade principalmente, claro. Os boys parecem tão assustados, aterrorizados com idéias como compromisso, fidelidade e paixonite que simplesmente não mais conseguem manter as relações mais confortáveis do mundo: sexo sem compromisso com uma bonita conhecidinha, amiga, ou seja, limpinha. Afinal, o que está acontecendo com o famoso e companheiro Pau-Amigo, Amigo Colorido, Esquema, Pé-Quebrado ou "Mãe, vou ler Nietzsche na casa de Fulaninho"?
A doida conta que seu ex-namoradinho oficial e melhor opção de Pintinho-fraterno de sempre deu pra esquecer as conversas, os programas cabeças, os desabafos sobre atuais relacionamentos de ambos e coisinhas que amigos fazem em geral, procurando-a apenas para "o que interessa". Pior: ele sabe os dias em que a bonita está disponível, e bate ponto no celular, na cara-dura. A outra ficou passada com o antigo bom amigo que virou amante (se é que poderia/merecia ser chamado como tal) e depois escolheu a condição de ex-amigo; o rapaz se mostrou mui tabacudo ao desprezar não só a sua companhia, como também o mínimo de cordialidade que deve haver entre amigos descoloridos. Um outro desprovido de esperteza, coitado, tá até hoje sem saber como chamar a menina pra uma coisa "sexo sem precisar ligar no dia seguinte" com medo de perder a amizade muito da rasteirinha que eles mantêm. Eles emburraram de vez ou é impressão nossa? Paraíso pegar a menina que curtem, sem o tão temido e abominado compromisso, diriam muitos. Mas os boys, oh, tolinhos, simplesmente desaprenderam a simples tarefinha de casa, a conversinha mole, mas não desonesta; o gracejo de se garantir ao menos nos tempos de solidão (pra usar do eufemismo). A mulherada livre e desimpedida ou arruma um cafuçu que curta só marromeno pra namorar ou encarna a Gal Costa virando "dessas mulheres que só dizem sim" a qualquer ficante (arghhh) da vida. Eles temem até os repolhinhos. Elas temem não ter uma verdurinha boa pra petiscar. E o prato ou tá vazio ou tá com aquela dieta do medo recheado de estupidez e uma taça de falso moralismo pra acompanhar. Uma iminente indigestão...

15 de março de 2008

...se só te restasse um dia?


Apocalipse, profecias, teorias fatalistas e coisas nostradâmicas em geral sempre me fascinaram. E nem só de leituras, telinhas e telonas meu imaginário se alimentou por tanto tempo. Muitos sonhos do tipo "fim do mundo"; muita coisa pra acreditar no "depois do fim". Crenças e impressões à parte - com o aval de Clara Nunes e Paulinho Moska, entre tantas vozes que cantaram minhas certezas -, depois de uma tarde de fila das Americanas, botecos e butucas, ressurge pela quadragésima vez a questão: "o que você faria se só te restasse este dia?". Pode soar piegas ou a pqp toda, mas a resposta à perguntinha de Moska revela muito sobre a criatura. Materialistas, bitolados, céticos, revoltados, covardes, confiantes, religiosos, espiritualistas, certos, errados. Difícil resistir aos rótulos, inda mais mediante o que taí na nossa cara: tudo acontece aparentemente cada vez mais rápido e ninguém parece preparado pro fim. Seja fim da carne, fim de ciclo, fim de mundo, fim de fase, game over, coisa e tal, as pessoas agem como se fossem eternas, como se tivessem todo o tempo do mundo e todo o mundo ao bel prazer do seu tempo. Sou do tipo fatalista não; muito menos pessimista. Mas gosto de viver cada dia como o último. Exagero, tá certo. Não pratico tudo o que penso diariamente, mas ao menos penso. Acho que já é um começo. Começo do fim? Fim do ensaio sobre a cegueira? Começo de lucidez? Ou viagem insólita, intergaláxica, lombra? Que seja. Ou não. O fato é que a gente tem que começar a pensar no fim pra fazer de cada dia o começo de tudo de bom que sonhamos e pretendemos; de botar fim no que nos faz mal; e de ir dicumforça, carga total, coragem e cara de pau nos planos, idéias, propostas, sugestões ou simples desejos. E, havendo ou não amanhã, pra gente, pros nossos ou pro mundo todo, sãos as realizações que vão ficar, e não os arranques estancados, as marchas-ré, as desistências, a preguiça e os tantos medos que nos impedem de...nos impedem.
The End
(hey ho/let's go!)

12 de março de 2008

Juno


Estranho seria não chorar diante do filminho fofo que queria ver antes mesmo da estréia. Não é difícil me emocionar com as sutilezas da vida real, quiçá com as da sétima arte! Com rostos inchados, após a sessão, conversávamos sobre maternidade, bebês, aborto, abandono, casal, amorzinho, papapá. Falou-se em preparo, disposição e opção por ser mãe ou pai. Estranho como soa engraçado quando as pessoas se dizem despreparadas para a "função" de trazer ao mundo um ser humano. Sem discurso piegas, religião ou bandeiras, mas quem trata o fato de ter filhos como comprar um carro ou ir ao salão de beleza talvez não tenha idéia do quanto é transcedental a experiência. Gente que planeja tim-tim por tim-tim o dia, a hora, o local, o parceiro e até o sexo do bebê; gente que quer "aproveitar bastante a vida antes" pra depois pensar no caso; gente que não quer perder a barriga saradinha; gente que teme perder o amor do marido para a criança; gente que tem horror à idéia de cuidar de alguém pra sempre; gente que acha que pode salvar o casamento; gente que quer ter filho só porque todo mundo da idade já tem; gente que tem e despreza; gente que tem e se anula; gente que tem e recusa; gente que não tem por não querer ou por interromper o processo.
Não creio que saibam o que é receber beijinho estalado e carinho no rosto de mãos pequeninas; sentir que, de repente, possui mais de um coração; acordar depois de uma noite mal dormida com criaturinhas sorridentíssimas gritando "mamãe" ou "papai"; receber abraço de soninho e cabecinha no ombro; sorrisinhos de poucos dentes, olhinhos brilhantes e caretinhas; dancinhas, performances e gracejos; brincar de boneca, jogar bola e fazer castelinho de areia, como nos velhos tempos; dar banho de mangueira e picolé; saber que sempre há de onde vir e pra onde voltar.
Filho não é nosso nem para nós, mas, se nos foram confiados para que os ajudemos a se tornar pessoas de Bem, nada mais justo que aproveitar ao máximo a delícia de poder ter pertinho pequenas fontes de luz em casa, amor personificado em bonequinhos falantes, alegria nossa de cada dia. Feliz de quem sabe tê-los como plus de felicidade na vida, e não estorvo; ser mulher, ser homem, ser profissional, fazer planos...e ainda por cima dividir tudo isso com seres que são nosso elo com Deus, de tanto amor que nos dão e que fazem brotar de nós.
É, acho que não deve ser pra qualquer um, por merecimento, impossibilidade ou escolha. Mas deve ser triste não vivenciar o amor verdadeiro ao menos uma vez nesta vida tão louca e breve. Venham do ventre ou dos braços de outrem; venham da cegonha ou de herança. Filho faz qualquer coração de gelo derreter, de pedra se quebrar e de carne crescer.
Nesse amor eu acredito e também esse eu recomendo.

5 de março de 2008

Florbela sempre


"Ambiciosa

Para aqueles fantasmas que passaram,
Vagabundos a quem jurei amar,
Nunca os meus braços lânguidos traçaram
O vôo dum gesto para os alcançar...

Se as minhas mãos em garra se cravaram
Sobre um amor em sangue a palpitar...
Quantas panteras bárbaras mataram
Só pelo raro gosto de matar!

Minh’alma é como a pedra funerária
Erguida na montanha solitária
Interrogando a vibração dos céus!

O amor dum homem ? Terra tão pisada,
Gota de chuva ao vento baloiçada...
Um homem? Quando eu sonho o amor de um Deus!..."

4 de março de 2008

NÃO


Ligou, e não falou no msn, apesar de estarmos online, como de costume. Queria ouvir minha voz; sabia que assim seria mais perssuasivo. Me ver uma vez pelo menos, só umazinha, vai. Ia morrer se não me visse só daquela vez. Coisa do signo. Sabia apelar pro meu apêgo à história, minha nostalgia, meu ranking. Top one? Huuum...talvez não mais. Sim, eu disse não. Não só agora escrevinhando, mas ao telefone, naquele momento. Insistiu, mas viu que era não mesmo, um não desconhecido pra ele. Namorar era o que eu queria? Sim, ele o faria com prazer se eu quisesse. Não? Queria saber por quê. Não bastava para mim todo aquele carinho e o desejo a ninguém mais oferecido naquelas proporções? Não? Convenceu-se quando meu ouviu dizer de novo que não. Não me contentava com pouco. Não quando o assunto é qualquer "nós dois". Realmente, não me contento. Megalomaníaca sentimental. Precisava de paixão. Não, era mecânico. Sim, eu sei que deve ter doído ouvir. Muito bom, mas quase somente instintivo, egoísta e frio. Precisava de mais, ele entendeu. E eu entendi que fica mais fácil dizer não quando a gente recebe um. Não, nunca havia recebido um assim tão "não sinto nada por você" como ficou claro depois das desculpas com outros nomes, desfechos e melodramas. Acho até que nunca houvera uma rejeição assim simples e absolutamente natural. Mexe com ego. Mas foi bom. Agora eu digo não. Não aquele sutil que costumo dar em histórias bem-resolvidas ou nem iniciadas. Um não para o que é bom, ou foi. Assim feito minha filha, que acordou um dia simplesmente dizendo "não" bem direitinho, repetindo e balançando a cabecinha. Um "não" tão sincero que me fez refletir sobre como dizer tal monossílabo negativo parece tão difícil quando perdemos a inocência, e tão simples quando se é puro. Não, obrigada. Continuo querendo sempre mais, com ambição, pro coração.

3 de março de 2008

"Representa o papel de sereia feliz"



Splash: ele cuida da da casa, dos amigos e da família! enquanto eu não consigo passar um dia sem brigar com o resto do mundo
Ariel: fo-da. tb sou assim...me dói ver q o outro vive numa boa depois de uma história profunda dessas...não q queira o mal, mas acho q queremos nos sentir especiais como os consideramos...e fazer alguma falta portanto.

Splash:
pois foi isso. it's my life
Ariel: bando de covardeeeeeeeeeessssssssssssssssssss
q abismo é esse q há entre homens e mulheres?
pq eles não se tocam de como é bom assumir os sentimentos, ser feliz de verdade? Se contentam com o pouco q a vida blasé oferece! caralho

Splash:
sinceramente não sei. não sei mesmo
Ariel: fico a cada dia mais triste com isso, sem esperança. Meu caso: ontem o homem-perfeito, macho alpha, e todos ao redor me davam o recado: ele quer tudo o q vc tem e tem tudo o q vc precisa. E eu silenciosamente respondia: e a porra do amor em q ainda acredito???? Optar pela falsa família feliz sem amor ou se fuder em busca do amor sem garantia de família feliz?

Splash:
num sei até q ponto é falsa a felicidade deles. Acho q falso mesmo são esses anos q passamos...igualmente no teu caso
Ariel: falso só se for pra ele, pq vc sabe q fez o q pôde e investiu e tentou. no meu, foi tão falso q caí fora sem culpa (não, com culpa)

Splash:
então!
Ariel: será q a gente fantasia tanto assim? teria sido tudo superdimensionamento teu? nossa auto-estima é tão alta assim q nos faz criar a ilusão da reciprocidade mínima?

Splash:
pode ser
Ariel: sinceramente, me custa acreditar

Splash:
por via das dúvidas, vou contruir meu castelo da barbie. só assim vou suportar
Ariel: não sei...e qdo tiver de desconstruir? lembrarás de q não era de verdade?

Splash:
desconstruir o meu castelo de mentiras? pra quê?
Ariel: um dia será necessário

Splash:
quem sabe um dia ele se materializa. esperemos
Ariel: ai, eu sou otimista, mas nesse caso....mas ok, esperemos

***